CEREJA DE ALFÂNDEGA DA FÉ

Tipo
Frutos frescos
Região
Trás-os-Montes e Alto Douro
Descrição
"Cereja de Alfândega da Fé" é o fruto proveniente de diversas variedades de cerejeira (Prunus avium L) tradicionalmente cultivadas no concelho de Alfândega da Fé e áreas limítrofes. Apresenta polpa dura, crocante, açucarada, muito sucosa e de perfume ligeiramente acentuado, sendo resistente ao rachamento.
Particularidades
Cerejas reconhecidas pela cor da epiderme, que é vermelha viva no momento adequado da maturação, pela dureza e crocância da sua polpa, e pelo facto de, sendo naturalmente açucaradas, apresentarem ao mesmo tempo um toque subtil de acidez.
História
A produção de cereja em Alfândega da Fé sendo relativamente recente, já se pode considerar tradicional. Foi na década de 60 do século XX, graças ao projecto visionário do Engenheiro Camilo de Mendonça, que a cereja começou a assumir importância na economia concelhia e regional. Este engenheiro, natural de Vilarelhos, uma freguesia do concelho de Alfândega da Fé, idealizou um projecto hidroagrícola para dinamizar a agricultura Transmontana. Tal implicou também a criação da Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé, entidade, ainda hoje responsável pela maior mancha de pomares de cereja existente na região, com cerca de 60 ha. Alfândega da Fé e áreas limítrofes possuem localização e clima excelente para a cerejeira que encontra aqui um habitat privilegiado face ao elevado número de horas de frio, às primaveras amenas e à grande protecção dos ventos atlânticos, bem como aos solos de encosta, profundos e bem drenados.
Saber fazer
A época de plantação decorre de Outubro a Março, sendo a enxertia o processo de multiplicação mais vulgar. As árvores são conduzidas em forma de vaso, com intervenções de “limpeza” e “rebaixamento” da copa (por vezes excessiva), durante o Inverno, para eliminação de pernadas secas e doentes e evitar o crescimento excessivo das árvores em altura. A colheita dos frutos efectua-se geralmente entre meados de Maio e princípios de Julho e é feita normalmente à mão, devendo os frutos ser colhidos com o pedúnculo inteiro. No pomar é efectuada uma primeira selecção, sendo rejeitadas de imediato as cerejas que apresentem defeitos visíveis: fendilhamento, picadas de insectos, etc. Durante o transporte e armazenamento ocorre a ‘respiração’ dos frutos, pelo que é muito importante que estes estejam a baixas temperaturas para que a velocidade de respiração e a consequente emissão de calor sejam mínimas.
Produção
A região é responsável pela produção de cerca de 150 toneladas de cereja, distribuídos pela Cooperativa Agrícola e cerca de 15 pequenos e médios Produtores. No entanto, dentro de 2 anos, quando as novas árvores plantadas começarem a produzir em pleno, a região poderá ultrapassar a fasquia das 200 toneladas.
Área geográfica de produção
Concelhos
ALFANDEGA DA FEFreguesias
CHACIMGRIJOLOMBOPEREDOVALE BENFEITOBORNES E BURGACARAVELASFREIXEDA E VILA VERDECASTRO VICENTEHORTA DA VILARIÇAADEGANHA E CARDANHABENLHEVAISAMPAIOSANTA COMBA DE VILARIÇATRINDADEASSARES E LODÕESForma de utilização
A qualquer hora do dia ou como sobremesa de eleição, no fim da Primavera, princípio do Verão. Também é usada para acompanhar pratos de carne. Pode ainda ser utilizada como matéria-prima para doces, sobremesas, licores, etc.
Conselhos de uso
As cerejas de Alfândega da Fé servem-se à mesa até meados de julho e a partir daí podem usar-se em compotas, bebidas licorosas ou até em pratos da gastronomia local. Recentemente a cereja e os seus subprodutos conhecem também aplicações na área da saúde e bem-estar. É o caso das Almofadas de Caroços de Cereja e do Chá de Pés de Cereja.
Calibre
de 1,00 a 1,00 kg
Apresentação Comercial
Quando destinada ao consumo em fresco, o acondicionamento é feito em caixas de cartão com 2 kg ou 5kg de capacidade sendo, no entanto, possível utilizar outros materiais de acondicionamento, desde que apropriados, bem como outras gamas de quantidade. NOTA: Em cada caixa ou recipiente as cerejas são da mesma variedade e qualidade
Condições de conservação / Durabilidade
Se as cerejas vão ser vendidas em fresco, no dia seguinte à colheita, podem ser armazenadas em câmaras entre 8º e 12ºC. Se entre a colheita e a venda decorrem mais de 8 dias, devem ser armazenadas em câmaras frigoríficas a 0ºC.
Disponibilidade ao longo do ano
Bibliografia/Fonte
Cooperativa Agrícola de Alfãndega da Fé Câmara Municipal de Alfãndega da Fé Produtos Tradicionais - Guia 2017, Qualifica/oriGIn Portugal. Ed. Enigma Previsível, Lisboa 2017 Caderno de Especificações (em preparação)
Produtores
Pontos de Venda
Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé
MELÃO CASCA DE CARVALHO DO VALE DO SOUSA
Fruto de casca bem firme, bastante aromático, com sabor activo, equilibrado entre o doce e o apimentado, apresentando alto teor de açúcar em comparação com outros ecótipos cultivados noutras zonas. A polpa é sumarenta, mas não em excesso, tem textura vítrea com ou sem fibras, de cor variável sendo maioritariamente encontrada a cor salmão. Quando maduro as sementes ficam soltas, fazendo ruído ao sacudir o fruto.
ANONA DA MADEIRA - DOP
"Anona da Madeira" são os frutos das diversas variedades da família das Annonaceae, género Annona, espécie Annona cherimola Mill. (correspondente à A. tripetala de Aiton). Caracterizam-se por terem forma cordiforme, sendo a superfície, em correspondência com cada carpelo, mais irregular na base do fruto do que no ápice. A epiderme é mais ou menos lisa ou apresenta pequenas protuberâncias de forma cónica. Casca fina e delicada.Consoante a variedade, a coloração varia entre o verde claro, o verde amarelado e o verde bronzeado. O índice de sementes oscila entre seis a nove por cada 100 g de polpa. O teor em açúcar varia entre os 17,5 e os 21 °Brix. O peso das anonas oscila entre os 100 g e 2 kg, sendo o peso médio de 450 g.
- DOP
Frutos sãos, inteiros e firmes, provenientes da espécie Ananas comosus (L) Merril da família das Bromeliáceas e variedade Cayene "folhas lisas". Tem forma cilíndrica, ligeiramente afusado, com casca de cor laranja forte e polpa amarela translúcida. Apresenta, no seu interior e ao centro, um tronco duro que vai desde a coroa ao pedicelo.
MAÇÃ DE PORTALEGRE - IGP
Fruto proveniente da macieira (Malus Spp.), variedade bravo. As características edafo-climáticas da região proporcionaram o desenvolvimento de uma maçã Bravo com características diferentes (coloração e dimensões) das obtidas na Beira. É uma maçã média, redonda, achatada, de cor amarela esverdeada, com manchas rosáceas e pedúnculo curto, com cheiro pronunciado, e com sabor acentuado e muito doce. Resulta provavelmente de um cruzamento de maçã Camoesa e de uma Melapio ou afim. O seu calibre varia entre 60 e 70 mm.
- IGP
Citrinos provenientes de diversas espécies - Laranjeiras, Clementinas, Tangerineiras, Toranjeiras e Limoeiros e variedades. Os frutos caracterizam-se genericamente pela sua casca fina, lisa, de cor intensa, homogénea e típica da respectiva variedade e pelo seu elevado teor de sumo, particularmente doce.
FIGO FRESCO DE TORRES NOVAS
O figo colhido em fresco provém de figueirais situados na região de Torres Novas e concelhos limítrofes. Consoante a época de produção, os figos designam-se por lampos (Maio e Junho) e vindimos ( Julho - Setembro). As principais variedades exploradas nesta região, segundo a nomenclatura anterior, são a Princesa, Lampa Preta e Maia, no que diz respeito aos lampos; Princesa, Pingo de Mel, da Ponte, Palmares, Bêbera Branca e Burjassote Branco no que diz respeito aos vindimos. É um fruto de características organolépticas bem marcadas, evidenciando grandes qualidades nutritivas. O figo é rico em vitaminas B e C, contém elevados teores de sais minerais, especialmente cálcio, fósforo e potássio. O seu valor calórico (80 calorias/100g) elege-o como um bom alimento energético. Variedade Princesa - O fruto é piriforme e de grande calibre (12 figos/kg). Epiderme amarelada, polpa clara, carnudo e doce. Maturação em finais de Maio. Variedade Lampa Preta - O fruto é piriforme e de bom calibre (16 figos/kg). Epiderme verde com laivos violáceos. Polpa rosada, carnuda e doce. Maturação na 1ª quinzena de Junho. Variedade Maia - O fruto é turbinado e de grande calibre (10 figos/kg). Epiderme amarelada. Polpa clara, doce. Variedade Pingo de Mel - Fruto piriforme e de bom calibre (23 figos/kg). Epiderme amarelada. Polpa muito clara, muito doce e sumarenta. Maturação na 1ª quinzena de Agosto. Variedade Da Ponte - Fruto globoso e de calibre médio (24 figos/kg). Epiderme verde. Polpa rosada e doce. Maturação na 1ª quinzena de Agosto. Variedade Palmares - Fruto turbinado e de bom calibre (20 figos/kg). Epiderme verde amarelada. Polpa clara e doce. Maturação na 1ª quinzena de Agosto. Variedade Bêbera Branca - Fruto piriforme e de grande calibre (18 figos /kg). Epiderme rosada. Polpa carmim, doce e sumarenta. Maturação na 2ª quinzena de Agosto. Variedade Burjassote Branco - Fruto piriforme e de bom calibre (22 figos/kg). Epiderme verde amarelada. Polpa rosada, doce e sumarenta. Maturação na 2ª quinzena de Agosto. OUTRAS DENOMINAÇÕES: Fruto dos Amores.