MELÃO CASCA DE CARVALHO DO VALE DO SOUSA

Tipo
Frutos frescos
Região
Entre Douro e Minho
Descrição
Fruto de casca bem firme, bastante aromático, com sabor activo, equilibrado entre o doce e o apimentado, apresentando alto teor de açúcar em comparação com outros ecótipos cultivados noutras zonas. A polpa é sumarenta, mas não em excesso, tem textura vítrea com ou sem fibras, de cor variável sendo maioritariamente encontrada a cor salmão. Quando maduro as sementes ficam soltas, fazendo ruído ao sacudir o fruto.
Particularidades
A casca pode apresentar cor cinzenta, cinzenta-esverdeada ou amarela – esverdeada, mas sempre com manchas pretas. Apresenta reticulado médio a fino (daí o nome casca de carvalho), com ou sem verrugas, sendo a espessura da casca fina a média.
História
José do Barreiro, em Monografia escrita em 1922 refere o seguinte “(…) é terra muito fértil em todos os géneros agrícolas do nosso paiz, cria muito gado de toda a qualidade e nos seus montes há bastante caça. São notavelmente grandes, como abóboras, os melões vulgares de Casconha, mas de fraco sabor. Também há, porém, na freguesia quem os cultive dos pequenos, apimentados e finos, e quem produza vinho verde do melhor.” É, desde há gerações, cultivado e procurado nas feiras e romarias da região. Acerca desta realidade afirma José Augusto Vieira, autor do célebre “Minho Pitoresco” editado em 1887, “Deixando a igreja de Bitarães descobre-se logo adiante o entroncamento das estradas em Sequeiros, ligar de Lodares do vizinho concelho de Lousada e terra privilegiada que no grande Vale do Sousa melhor produz o saboroso melão ou a açucarada melancia. Quando o melão de Sequeiros, cor de ouro pimenta, aparece no mercado de Penafiel, ou de Paredes, o que é raro, os gulosos batem as palmas de contentes, e até os olhos lhes sorriem, sentindo já o antegosto da fruta delicada que vão saborear. Imagine o leitor o que será quando qualquer desses gourmands se encontra mesmo em Sequeiros, na casa dos Padres, por exemplo, que são os mais distintos cultivadores dessa fruta.” O mesmo autor refere mais à frente, no seu texto, que outro local de forte cultivo de melões é o lugar de Casconha, freguesia de Sobreira, concelho de Paredes (referido também por José do Barreiro, Monografia de Paredes, de 1922/24).
Saber fazer
O melão casca de carvalho deve ser cultivado em terrenos nunca utilizados com a cultura ou sob regime de rotação de 7 anos. Antigamente, o melão casca de carvalho era semea-do. Actualmente, devido às alterações do clima na região, há quem realize a plantação, para que a época de colheita se mantenha. Normalmente, a sementeira ou plantação do melão realiza-se durante os meses de Abril e Maio. Se o tempo estiver seco, deve aplicar -se uma rega antes de se efectuar a sementeira/plantação do melão casca de carvalho. Devem evitar-se regas sucessivas no cultivo, principalmente na época de floração, para que os frutos não gretem.O sucesso da produção está também associado à poda executada e à adubação. Durante o ciclo vegetativo, a planta é “capada” (podada), normalmente à 3ª folha, visando um menor número de frutos com maior dimensão por pé. A segunda poda à planta de melão é realizada acima da 3ª ou 4ª folha, no caso de poda curta, ou, na 7ª ou 8ª folha, no caso de poda. Tradicionalmente, a colheita realiza-se de Julho a meados de Setembro. O fruto é colhido quando está maduro e de manhã.
Área geográfica de produção
Concelhos
FELGUEIRASLOUSADAPAREDESPAÇOS DE FERREIRAPENAFIELForma de utilização
Como sobremesa ou como entrada, sempre que possível acompanhado de presunto da região e de vinho verde; Tratando-se de um fruto de época, deve ser colhido e consumido, de preferência, no próprio dia.
Conselhos de uso
Tratando-se de um fruto de época, deve ser colhido e consumido, de preferência, no próprio dia.
Forma
OBLONGA
Peso
de 4,00kg a 5,00kg
Cor Exterior
AMARELO-ESVERDEADO
Consistência exterior
FIRME
Preço indicativo / unidade
6,20 € / 1 Kg
Apresentação Comercial
Apresenta-se inteiro, na época própria
Condições de conservação / Durabilidade
À temperatura ambiente dura 5 dias; Em ambiente fresco, dura cerca de 15 dias após colheita; Em atmosfera controlada (0 – 5º C), dura cerca de 21 dias.
Disponibilidade ao longo do ano
Bibliografia/Fonte
Ader-Sousa - Associação de Desenvolvimento Rural das Terras do Sousa;
Produtores
ANONA DA MADEIRA - DOP
"Anona da Madeira" são os frutos das diversas variedades da família das Annonaceae, género Annona, espécie Annona cherimola Mill. (correspondente à A. tripetala de Aiton). Caracterizam-se por terem forma cordiforme, sendo a superfície, em correspondência com cada carpelo, mais irregular na base do fruto do que no ápice. A epiderme é mais ou menos lisa ou apresenta pequenas protuberâncias de forma cónica. Casca fina e delicada.Consoante a variedade, a coloração varia entre o verde claro, o verde amarelado e o verde bronzeado. O índice de sementes oscila entre seis a nove por cada 100 g de polpa. O teor em açúcar varia entre os 17,5 e os 21 °Brix. O peso das anonas oscila entre os 100 g e 2 kg, sendo o peso médio de 450 g.
- DOP
Frutos sãos, inteiros e firmes, provenientes da espécie Ananas comosus (L) Merril da família das Bromeliáceas e variedade Cayene "folhas lisas". Tem forma cilíndrica, ligeiramente afusado, com casca de cor laranja forte e polpa amarela translúcida. Apresenta, no seu interior e ao centro, um tronco duro que vai desde a coroa ao pedicelo.
CEREJA DE ALFÂNDEGA DA FÉ
"Cereja de Alfândega da Fé" é o fruto proveniente de diversas variedades de cerejeira (Prunus avium L) tradicionalmente cultivadas no concelho de Alfândega da Fé e áreas limítrofes. Apresenta polpa dura, crocante, açucarada, muito sucosa e de perfume ligeiramente acentuado, sendo resistente ao rachamento.
MAÇÃ DE PORTALEGRE - IGP
Fruto proveniente da macieira (Malus Spp.), variedade bravo. As características edafo-climáticas da região proporcionaram o desenvolvimento de uma maçã Bravo com características diferentes (coloração e dimensões) das obtidas na Beira. É uma maçã média, redonda, achatada, de cor amarela esverdeada, com manchas rosáceas e pedúnculo curto, com cheiro pronunciado, e com sabor acentuado e muito doce. Resulta provavelmente de um cruzamento de maçã Camoesa e de uma Melapio ou afim. O seu calibre varia entre 60 e 70 mm.
- IGP
Citrinos provenientes de diversas espécies - Laranjeiras, Clementinas, Tangerineiras, Toranjeiras e Limoeiros e variedades. Os frutos caracterizam-se genericamente pela sua casca fina, lisa, de cor intensa, homogénea e típica da respectiva variedade e pelo seu elevado teor de sumo, particularmente doce.
FIGO FRESCO DE TORRES NOVAS
O figo colhido em fresco provém de figueirais situados na região de Torres Novas e concelhos limítrofes. Consoante a época de produção, os figos designam-se por lampos (Maio e Junho) e vindimos ( Julho - Setembro). As principais variedades exploradas nesta região, segundo a nomenclatura anterior, são a Princesa, Lampa Preta e Maia, no que diz respeito aos lampos; Princesa, Pingo de Mel, da Ponte, Palmares, Bêbera Branca e Burjassote Branco no que diz respeito aos vindimos. É um fruto de características organolépticas bem marcadas, evidenciando grandes qualidades nutritivas. O figo é rico em vitaminas B e C, contém elevados teores de sais minerais, especialmente cálcio, fósforo e potássio. O seu valor calórico (80 calorias/100g) elege-o como um bom alimento energético. Variedade Princesa - O fruto é piriforme e de grande calibre (12 figos/kg). Epiderme amarelada, polpa clara, carnudo e doce. Maturação em finais de Maio. Variedade Lampa Preta - O fruto é piriforme e de bom calibre (16 figos/kg). Epiderme verde com laivos violáceos. Polpa rosada, carnuda e doce. Maturação na 1ª quinzena de Junho. Variedade Maia - O fruto é turbinado e de grande calibre (10 figos/kg). Epiderme amarelada. Polpa clara, doce. Variedade Pingo de Mel - Fruto piriforme e de bom calibre (23 figos/kg). Epiderme amarelada. Polpa muito clara, muito doce e sumarenta. Maturação na 1ª quinzena de Agosto. Variedade Da Ponte - Fruto globoso e de calibre médio (24 figos/kg). Epiderme verde. Polpa rosada e doce. Maturação na 1ª quinzena de Agosto. Variedade Palmares - Fruto turbinado e de bom calibre (20 figos/kg). Epiderme verde amarelada. Polpa clara e doce. Maturação na 1ª quinzena de Agosto. Variedade Bêbera Branca - Fruto piriforme e de grande calibre (18 figos /kg). Epiderme rosada. Polpa carmim, doce e sumarenta. Maturação na 2ª quinzena de Agosto. Variedade Burjassote Branco - Fruto piriforme e de bom calibre (22 figos/kg). Epiderme verde amarelada. Polpa rosada, doce e sumarenta. Maturação na 2ª quinzena de Agosto. OUTRAS DENOMINAÇÕES: Fruto dos Amores.