- DOP

Tipo
Mel
Região
Centro
Descrição
Mel produzido pela abelha Apis mellifera (sp. Iberica), definido em quatro sub-tipos: - Mel do Ribatejo Norte - Produzido na sub-região ecológica da Serra d'Aire: cor clara (entre 2,5 e 6 na escala de Pfund), produzido pela abelha Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) a partir de néctar de flores cheiro e sabor floral (labiadas), pólen de Rosmarinus, Lavandula e Mentha (no total 15 %); - Mel do Ribatejo Norte - produzido na sub-região ecológica da Albufeira de Castelo de Bode: cor clara ( 6 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (ericáceas), pólen de Ericaceas (E. Arborea, E. Umbellata, E.lusitanica, E.australis, Calluna, Arbustus unedo) (no total 10 %), Mirtus, Viburnum, Rubus, Castanea, Cistaceae, Rahmnus e Jasione montana (no total 20 % ); - Mel do Ribatejo Norte - Produzido na sub-região ecológica do Bairro: cor variável (entre 1 e 8 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (soagem e cardo), pólen de Echium ( 15 %), Rubus, Trifolium, Compositae, liguliflorae e Cruciferae (no total 15 %); - Mel do Ribatejo Norte - produzido na sub-região ecológica do Alto Nabão: cor variável (entre 6 e 11 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (eucalipto), pólen de Eucalyptus ( 15 %), Echium, Compositae liguflorae e Crucíferae (no total 15 %).
Variantes
Mel do Ribatejo Norte - Serra d'Aire - DOP; Mel do Ribatejo Norte - Albufeira de Castelo de Bode - DOP; Mel do Ribatejo Norte - Bairro - DOP; Mel do Ribatejo Norte - Alto Nabão - DOP.
Particularidades
Méis com intenso aroma e sabor floral e características organolépticas típicas da composição florística da vegetação das quatro regiões com nomes protegidos (Serra d'Aire; Albufeira de Castelo de Bode; Bairro e Alto Nabão), com combinações muito enriquecidas em espécies características da flora mediterrânica.
História
Em 1178, D. João Domingues, Mestre da Ordem do Templo, aforou aos povoadores o Carvalhal de Cêras, obrigando os rendeiros a pagar anualmente a quarta parte do azeite, vinho e pão que colhessem, dez fogaças, dez capões, e ainda um meio de quarteiro de cera de cortiço e favos de mel. O fresco de Santo Ambrósio, protector dos apicultores, que figura na capela secular da Senhora da Conceição no Olival, em Ourem, tinha como atributos uma colmeia, referência à sua oratória "Ser doce como o mel". São muitos os povoados serranos que ganharam baptismo pela actividade exercida na faina do mel: Vale das Abelhas; Cêras; Carvalhal de Cêras. Este mel era também utilizado como remédio caseiro.
Saber fazer
Não é permitida, a alimentação artificial das colónias de abelhas. A cresta deve ter lugar entre 1 de Julho e 30 de Setembro, sendo efectuada pelos métodos de ar sob pressão, escova de abelhas ou escapa de abelhas. Não é permitido o uso de repelentes. A extracção e decantação do mel são obrigatoriamente realizadas dentro da área da produção. Em todas as fases de extracção e decantação do mel o aquecimento nunca pode exceder os 45 °C.
Produção
Produzido na área geográfica constante do Despacho nº 51/94, de 20-01; Reconhecida a Denominação de Origem pelo Despacho acima mencionado; Registadas e protegidas as 5 Denominações de Origem pelo Regulamento (CE) nº 1107/96, de 12-06; Rectificação no JO L290/1996, de 13-11; Rectificação no JO L299/1996, de 23-11.
Área geográfica de produção
Concelhos
ALCANENAFERREIRA DO ZEZEREOUREMTOMARTORRES NOVASVILA NOVA DA BARQUINHAFreguesias
ALBURITELALCANENAALCOROCHELALVIOBEIRAALÉM DA RIBEIRAAREIAS FZZASSEICEIRA TMRASSENTIZ TNVATALAIA VNBATOUGUIABECOBESELGA TMRBROGUEIRABUGALHOSCARREGUEIROSCASAIS TMRCAXARIASCERCAL VNOCHANCELARIA TNVCHÃOSDORNESESPINHEIROESPITEFERREIRA DO ZÊZEREFORMIGAISFREIXIANDAFÁTIMAGONDEMARIAJUNCEIRALAPALOURICEIRAMADALENAMALHOUMATASMINDEMOITAS VENDAMONSANTO ACNOLAIAOLALHASOLIVAL VNOPAIALVOPAIO MENDESPARCEIROS DE IGREJAPEDREIRA TMRPEDRÓGÃO TNVPIAS FZZPRAIA DO RIBATEJORIBEIRA BRANCARIBEIRA DO FÁRRIORIO DE COUROSS. JOÃO BAPTISTASABACHEIRASALVADORSANTA MARIASEIÇASERRASERRA DE SANTO ANTÓNIOSÃO PEDROSÃO PEDRO DE TOMARTANCOSURQUEIRAVILA MOREIRAVILA NOVA DA BARQUINHAZIBREIRAÁGUAS BELAS FZZForma de utilização
Muito apreciado na doçaria tradicional, nomeadamente nas broas de mel, cuja receita remonta à cozinha conventual.
Apresentação Comercial
Apresenta-se comercialmente centrifugado ou em favos, desde que totalmente operculados e sem criação. Embalado em frascos de vidro transparente; - ROTULAGEM: sem prejuízo do disposto na legislação aplicável sobre rotulagem, dela devem constar, ainda, consoante o caso, uma das seguintes menções: Mel do Ribatejo Norte - Serra d'Aire – DOP, ou Mel do Ribatejo Norte - Albufeira de Castelo de Bode – DOP, ou Mel do Ribatejo Norte - Bairro – DOP, ou Mel do Ribatejo Norte - Alto Nabão - DOP. o respectivo logótipo comunitário, e a marca de certificação aposta pelo respectivo organismo privado de controlo e certificação (OPC).
Condições de conservação / Durabilidade
Conservar à temperatura ambiente
Disponibilidade ao longo do ano
Bibliografia/Fonte
Texto e fotos extraídos de: - “Produtos Tradicionais Portugueses”, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural, Direcção-Geral de Desenvolvimento Rural, Lisboa 2001, Coordenadora Geral – Ana Soeiro
Produtores
MEL DAS TERRAS ALTAS DO MINHO - DOP
Mel produzido pela abelha negra Apis mellifera mellifera, sp. Iberica, a partir do néctar das flores da flora característica desta região montanhosa, principalmente ericáceas (o teor de pólen deve ser no minimo de 15%). O "mel das Terras Altas do Minho" que possua um teor de pólen de ericáceas superior a 35 % pode utilizar a designação de “Mel de Urze” ou “Mel de Queiró”.
- DOP
Mel de néctar centrifugado obtido principalmente a partir dos néctares de incenso (mel de Incenso) e multiflora. - Mel de Incenso: mel de cor variável, indo de quase incolor a levemente amarelado, com odor delicado, perfumado, com sabor típico a incenso e com consistência fluida, resultante do néctar recolhido das flores da espécie Pittosporum Ondulattum, Hort, que é uma planta espontânea e existente em todas as ilhas dos Açores; - Mel Multifloral: mel de cor castanha escura, com sabor agradável e consistência fluida, obtido da mistura de néctares de várias espécies de plantas, deignadamente de fruteiras tradicionais (Pomoideas, Prunoideas, Castanheiro e Citrinos), fruteiras subtropicais (Bananeira, Abacateiro, Goiabeira, Araçaleiro, Physalis e Maracujaleiro) e outras espécies (Metrozidero, Camélia, Jarro, Conteira, Hortência, Azália, Eucalipto, Malvão, Alecrim, Erva azeda, Fava, etc.).
Mel produzido pela abelha negra Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) - considerada por alguns investigadores como sub raça da Apis mellifera iberica - na região montanhosa do Barroso, a partir da flora característica. Tem cor escura (> a 8 na escala de Pfund), cheiro e sabor reveladores da flora melífera regional, com forte predominância de ericáceas. Ao mel que possua um teor de pólen de ericáceas superior a 35 % poderá ser atribuída a designação de “Mel de Urze” ou “Mel de Queiró”.
- DOP
Mel produzido pela abelha Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) de cor âmbar claro (< a 5 na escala de Pfung) e com elevado índice de cristalização. Produzido no Nordeste do país, com flora mediterrânica característica da região montanhosa continental, onde predomina o rosmaninho, a urze e a soagem (Lavanda stoechas, Lavandula pardarculata, Genista alba), etc. Teor de pólen de rosmaninho (Lavanda stoecha e Lavanda padarculata) > 15 %, em situação de predominância. Se tiver mais de 35 % de pólen de rosmaninho, pode usar a menção "Mel de Rosmaninho”.
- DOP
Mel produzido pela abelha Apis mellifera (sp. Iberica), a partir do néctar de flores de urzes (ericáceas), rosmaninho (Lavandula pedunculata) e castanheiro (Castanea sativa). Tem cor escura (> a 7 na escala internacional), com aspecto fluido, viscoso e homogéneo, que perde quando cristaliza. Tem cheiro forte e genuíno e textura macia com a sensação táctil a cristais finos.
- DOP
Mel produzido pela abelha da espécie Apis mellifera Iberica, de nectários florais da flora espontânea regional (Lousã e zonas limítrofes). Cor âmbar ou âmbar escuro quase negro e alta viscosidade. Sabor forte, com alguma adstringência, devido ao néctar das urzes. Cristaliza a temperaturas baixas, apresentando uma textura média regular com redução da intensidade de coloração.