

Tipo
Mel
Região
Trás-os-Montes e Alto Douro
Descrição
Mel produzido pela abelha negra Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) - considerada por alguns investigadores como sub raça da Apis mellifera iberica - na região montanhosa do Barroso, a partir da flora característica. Tem cor escura (> a 8 na escala de Pfund), cheiro e sabor reveladores da flora melífera regional, com forte predominância de ericáceas. Ao mel que possua um teor de pólen de ericáceas superior a 35 % poderá ser atribuída a designação de “Mel de Urze” ou “Mel de Queiró”.
Particularidades
Mel, de cor acentuadamente escura, produzido a partir de néctar de flores e no qual se encontra maioritariamente pólen de Ericáceas (teor igual ou superior a 15 %), as quais fazem parte da flora melífera regional.
História
São remotas as referências escritas e mesmo orais ao potencial produtivo de mel e cera na região, o mesmo acontecendo com alguns dos costumes e hábitos das populações do Barroso. Refira-se a existência da abelha em brasões de algumas das freguesias de Barroso, nomeadamente no de vila de Boticas e na toponímia da região, comprovando a existência, importância e antiguidade desta actividade naquela área geográfica.
Saber fazer
A actividade continua, ainda hoje , a ser praticada de forma artesanal nas regiões de cota mais elevada do Barroso, constituindo a flora natural da região, maioritariamente composta por urzes, o pasto das abelhas. Os apiários de Mel de Barroso não podem estar a menos de 1 000 m das áreas de produção de eucalipto. Não se efectuam normalmente tratamentos fitossanitários das colmeias mas, se excepcionalmente tal for necessário, o tratamento só se pode efectuar depois de autorizado pelo agrupamento de produtores e nos moldes por este indicados. Em caso algum se podem efectuar tratamentos em colmeias com alças. A cresta efectua-se entre 15 de Julho e 15 de Setembro, pelo método tradicional de escova das abelhas ou por sistema de pressão de ar. As operações de extracção e decantação são realizadas, obrigatoriamente, na área de produção, em locais devidamente autorizados pelo agrupamento de produtores e a uma temperatura que não ultrapasse 45 ºC.
Produção
Produzido na área geográfica constante do Despacho nº 23/94, de 17-01; Alterado pelo Aviso nº 16671/2000, de 28-11 / Despacho nº 16162/2001, de 03-08; Reconhecida a Denominação de Origem pelo Despacho nº 23/94, de 17-01; Confirmada a Denominação de Origem pelo Despacho nº 18910/2002, de 26-08; Registada e protegida a Denominação de Origem pelo Regulamento (CE) nº 1107/96, de 12 de Junho; Rectificação no JO L290/1996, de 13-11; Alterado pelo Reg. (CE) 704/2005 - 04/05- JO L 118, 05/05/2005.
Área geográfica de produção
Concelhos
BOTICASCHAVESMONTALEGREVILA POUCA DE AGUIARFreguesias
JOUVALONGO DE MILHAISForma de utilização
Produto de grande valor nutritivo, usado na doçaria tradicional ou para barrar o pão.
Apresentação Comercial
Pode apresentar-se sob a forma de mel centrifugado (no estado líquido ou sólido) ou de mel em favos, desde que totalmente operculados e sem criação. Pode apresentar-se ainda com nozes ou amêndoas; Deve ser acondicionado em frascos de vidro de 1kg, ½ kg, 165g, 30g; - ROTULAGEM: sem prejuízo do disposto na legislação aplicável sobre rotulagem, dela devem constar, ainda, as menções «Mel de Barroso- Denominação de Origem Protegida», o respectivo logótipo comunitário, e a marca de certificação aposta pelo respectivo organismo privado de controlo e certificação (OPC).
Condições de conservação / Durabilidade
Conservado à temperatura ambiente tem uma duração de 3 anos.
Disponibilidade ao longo do ano
Bibliografia/Fonte
- “Produtos Tradicionais Portugueses, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural, Direcção-Geral de Desenvolvimento Rural, Lisboa 2001, Coordenadora Geral – Ana Soeiro; - Caderno de Especificações "Mel de Barroso DOP"; - Ficha resumo "Mel de Barroso DOP"; - CAPOLIB - Cooperativa Agrícola de Boticas.
Produtores
MEL DAS TERRAS ALTAS DO MINHO - DOP
Mel produzido pela abelha negra Apis mellifera mellifera, sp. Iberica, a partir do néctar das flores da flora característica desta região montanhosa, principalmente ericáceas (o teor de pólen deve ser no minimo de 15%). O "mel das Terras Altas do Minho" que possua um teor de pólen de ericáceas superior a 35 % pode utilizar a designação de “Mel de Urze” ou “Mel de Queiró”.
- DOP
Mel de néctar centrifugado obtido principalmente a partir dos néctares de incenso (mel de Incenso) e multiflora. - Mel de Incenso: mel de cor variável, indo de quase incolor a levemente amarelado, com odor delicado, perfumado, com sabor típico a incenso e com consistência fluida, resultante do néctar recolhido das flores da espécie Pittosporum Ondulattum, Hort, que é uma planta espontânea e existente em todas as ilhas dos Açores; - Mel Multifloral: mel de cor castanha escura, com sabor agradável e consistência fluida, obtido da mistura de néctares de várias espécies de plantas, deignadamente de fruteiras tradicionais (Pomoideas, Prunoideas, Castanheiro e Citrinos), fruteiras subtropicais (Bananeira, Abacateiro, Goiabeira, Araçaleiro, Physalis e Maracujaleiro) e outras espécies (Metrozidero, Camélia, Jarro, Conteira, Hortência, Azália, Eucalipto, Malvão, Alecrim, Erva azeda, Fava, etc.).
- DOP
Mel produzido pela abelha Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) de cor âmbar claro (< a 5 na escala de Pfung) e com elevado índice de cristalização. Produzido no Nordeste do país, com flora mediterrânica característica da região montanhosa continental, onde predomina o rosmaninho, a urze e a soagem (Lavanda stoechas, Lavandula pardarculata, Genista alba), etc. Teor de pólen de rosmaninho (Lavanda stoecha e Lavanda padarculata) > 15 %, em situação de predominância. Se tiver mais de 35 % de pólen de rosmaninho, pode usar a menção "Mel de Rosmaninho”.
- DOP
Mel produzido pela abelha Apis mellifera (sp. Iberica), a partir do néctar de flores de urzes (ericáceas), rosmaninho (Lavandula pedunculata) e castanheiro (Castanea sativa). Tem cor escura (> a 7 na escala internacional), com aspecto fluido, viscoso e homogéneo, que perde quando cristaliza. Tem cheiro forte e genuíno e textura macia com a sensação táctil a cristais finos.
- DOP
Mel produzido pela abelha da espécie Apis mellifera Iberica, de nectários florais da flora espontânea regional (Lousã e zonas limítrofes). Cor âmbar ou âmbar escuro quase negro e alta viscosidade. Sabor forte, com alguma adstringência, devido ao néctar das urzes. Cristaliza a temperaturas baixas, apresentando uma textura média regular com redução da intensidade de coloração.
- DOP
Mel produzido pela abelha Apis mellifera (sp. Iberica), definido em quatro sub-tipos: - Mel do Ribatejo Norte - Produzido na sub-região ecológica da Serra d'Aire: cor clara (entre 2,5 e 6 na escala de Pfund), produzido pela abelha Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) a partir de néctar de flores cheiro e sabor floral (labiadas), pólen de Rosmarinus, Lavandula e Mentha (no total 15 %); - Mel do Ribatejo Norte - produzido na sub-região ecológica da Albufeira de Castelo de Bode: cor clara ( 6 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (ericáceas), pólen de Ericaceas (E. Arborea, E. Umbellata, E.lusitanica, E.australis, Calluna, Arbustus unedo) (no total 10 %), Mirtus, Viburnum, Rubus, Castanea, Cistaceae, Rahmnus e Jasione montana (no total 20 % ); - Mel do Ribatejo Norte - Produzido na sub-região ecológica do Bairro: cor variável (entre 1 e 8 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (soagem e cardo), pólen de Echium ( 15 %), Rubus, Trifolium, Compositae, liguliflorae e Cruciferae (no total 15 %); - Mel do Ribatejo Norte - produzido na sub-região ecológica do Alto Nabão: cor variável (entre 6 e 11 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (eucalipto), pólen de Eucalyptus ( 15 %), Echium, Compositae liguflorae e Crucíferae (no total 15 %).