- DOP
Tipo
Mel
Região
Centro
Descrição
Mel produzido pela abelha da espécie Apis mellifera Iberica, de nectários florais da flora espontânea regional (Lousã e zonas limítrofes). Cor âmbar ou âmbar escuro quase negro e alta viscosidade. Sabor forte, com alguma adstringência, devido ao néctar das urzes. Cristaliza a temperaturas baixas, apresentando uma textura média regular com redução da intensidade de coloração.
Particularidades
Produto de excelente qualidade, com um paladar intenso e alguma adstringência devido ao néctar das urzes, possuindo características particulares relacionadas com o meio, nomeadamente com a flora, em que predominam as ericáceas, com maior ou menor presença de castanheiro;
História
A frequência com que a terminologia apícola aparece na toponímia da local - Colmeal, Cortiços, Mestras, Vale de Cortiços, Vale de Abelhas, Vale de Colmeias, por exemplo - atesta a importância e antiguidade da apicultura na região. Por outro lado, a importância deste mel levou mesmo à sua referência expressa na obra de Álvaro Viana de Lemos " A Lousã e o seu Concelho" em que são feitas várias chamadas de atenção para o produto e para a sua tipicidade.
Saber fazer
Saber fazer patente nas práticas culturais tradicionais dos apicultores que se caracterizam-pelo seguinte: O mel da Serra da Lousã produz-se em colmeias móveis localizadas nas montanhas e vales da serra. É extraído desde o início de Maio até ao final de Agosto. O mel é obtido apenas por centrifugação. Sofre uma maturação, à temperatura ambiente, durante 30 dias, em recipientes de ácido inoxidável ou de outro material adequado. As operações de extracção e decantação são realizadas obrigatoriamente na área de produção.
Produção
Produzido na área geográfica constante do Despacho nº 27/94, de 17-01; Reconhecida a Denominação de Origem pelo despacho acima citado; Registada e protegida a Denominação de Origem, através do Regulamento (CE) nº 1107/96, de 12-06.
Área geográfica de produção
Concelhos
ARGANILCASTANHEIRA DE PERAFIGUEIRO DOS VINHOSGOISLOUSÃMIRANDA DO CORVOPAMPILHOSA DA SERRAPEDROGÃO GRANDEPENELAVILA NOVA DE POIARESForma de utilização
Produto de grande valor nutritivo, ao qual chegaram a ser atribuídas propriedades terapêuticas, inclusive propriedades anti-oxidantes. Consome-se estreme e na culinária tradicional.
Apresentação Comercial
Apresenta-se sob a forma de mel centrifugado, acondicionado em frascos de vidro de 0,5 kg ou 1 kg; - ROTULAGEM: sem prejuízo do disposto na legislação aplicável sobre rotulagem, dela devem constar, ainda, as menções «Mel da Serra da Lousã - Denominação de Origem Protegida», o respectivo logótipo comunitário, e a marca de certificação aposta pelo respectivo organismo privado de controlo e certificação (OPC).
Condições de conservação / Durabilidade
Deve ser conservado num local seco e protegido da luz de forma a prolongar as suas propriedades e características organolépticas. Prazo médio de validade: 2 anos.
Disponibilidade ao longo do ano
Bibliografia/Fonte
- “Produtos Tradicionais Portugueses”, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural, Direcção-Geral de Desenvolvimento Rural, Lisboa 2001 - Coordenadora Geral – Ana Soeiro; - Caderno de Especificações "Mel da Serra da Lousã"; - Municipio da Lousã
Produtores
MEL DAS TERRAS ALTAS DO MINHO - DOP
Mel produzido pela abelha negra Apis mellifera mellifera, sp. Iberica, a partir do néctar das flores da flora característica desta região montanhosa, principalmente ericáceas (o teor de pólen deve ser no minimo de 15%). O "mel das Terras Altas do Minho" que possua um teor de pólen de ericáceas superior a 35 % pode utilizar a designação de “Mel de Urze” ou “Mel de Queiró”.
- DOP
Mel de néctar centrifugado obtido principalmente a partir dos néctares de incenso (mel de Incenso) e multiflora. - Mel de Incenso: mel de cor variável, indo de quase incolor a levemente amarelado, com odor delicado, perfumado, com sabor típico a incenso e com consistência fluida, resultante do néctar recolhido das flores da espécie Pittosporum Ondulattum, Hort, que é uma planta espontânea e existente em todas as ilhas dos Açores; - Mel Multifloral: mel de cor castanha escura, com sabor agradável e consistência fluida, obtido da mistura de néctares de várias espécies de plantas, deignadamente de fruteiras tradicionais (Pomoideas, Prunoideas, Castanheiro e Citrinos), fruteiras subtropicais (Bananeira, Abacateiro, Goiabeira, Araçaleiro, Physalis e Maracujaleiro) e outras espécies (Metrozidero, Camélia, Jarro, Conteira, Hortência, Azália, Eucalipto, Malvão, Alecrim, Erva azeda, Fava, etc.).
Mel produzido pela abelha negra Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) - considerada por alguns investigadores como sub raça da Apis mellifera iberica - na região montanhosa do Barroso, a partir da flora característica. Tem cor escura (> a 8 na escala de Pfund), cheiro e sabor reveladores da flora melífera regional, com forte predominância de ericáceas. Ao mel que possua um teor de pólen de ericáceas superior a 35 % poderá ser atribuída a designação de “Mel de Urze” ou “Mel de Queiró”.
- DOP
Mel produzido pela abelha Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) de cor âmbar claro (< a 5 na escala de Pfung) e com elevado índice de cristalização. Produzido no Nordeste do país, com flora mediterrânica característica da região montanhosa continental, onde predomina o rosmaninho, a urze e a soagem (Lavanda stoechas, Lavandula pardarculata, Genista alba), etc. Teor de pólen de rosmaninho (Lavanda stoecha e Lavanda padarculata) > 15 %, em situação de predominância. Se tiver mais de 35 % de pólen de rosmaninho, pode usar a menção "Mel de Rosmaninho”.
- DOP
Mel produzido pela abelha Apis mellifera (sp. Iberica), a partir do néctar de flores de urzes (ericáceas), rosmaninho (Lavandula pedunculata) e castanheiro (Castanea sativa). Tem cor escura (> a 7 na escala internacional), com aspecto fluido, viscoso e homogéneo, que perde quando cristaliza. Tem cheiro forte e genuíno e textura macia com a sensação táctil a cristais finos.
- DOP
Mel produzido pela abelha Apis mellifera (sp. Iberica), definido em quatro sub-tipos: - Mel do Ribatejo Norte - Produzido na sub-região ecológica da Serra d'Aire: cor clara (entre 2,5 e 6 na escala de Pfund), produzido pela abelha Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) a partir de néctar de flores cheiro e sabor floral (labiadas), pólen de Rosmarinus, Lavandula e Mentha (no total 15 %); - Mel do Ribatejo Norte - produzido na sub-região ecológica da Albufeira de Castelo de Bode: cor clara ( 6 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (ericáceas), pólen de Ericaceas (E. Arborea, E. Umbellata, E.lusitanica, E.australis, Calluna, Arbustus unedo) (no total 10 %), Mirtus, Viburnum, Rubus, Castanea, Cistaceae, Rahmnus e Jasione montana (no total 20 % ); - Mel do Ribatejo Norte - Produzido na sub-região ecológica do Bairro: cor variável (entre 1 e 8 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (soagem e cardo), pólen de Echium ( 15 %), Rubus, Trifolium, Compositae, liguliflorae e Cruciferae (no total 15 %); - Mel do Ribatejo Norte - produzido na sub-região ecológica do Alto Nabão: cor variável (entre 6 e 11 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (eucalipto), pólen de Eucalyptus ( 15 %), Echium, Compositae liguflorae e Crucíferae (no total 15 %).